Você tem medo e por isso não pode ir embora...
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
domingo, 1 de setembro de 2013
Viva, sinta, a vida!
Ao sol,
Ao vento,
Tudo que joguei ao mar,
Foi o tempo.
Por tudo que senti,
Em tudo que vivi.
Aonde eu nasci,
Nos lugares onde sofri.
Pelos caminhos que ainda não passei,
Pelas paixões que ainda não amei.
Pelos sorrisos que ainda não arranquei,
Pelos abraços que jamais sentirei.
Então, joguei tudo...
E fiquei com nada.
O nada de cada dia,
Dos dias tão efêmeros...
Apenas vida.
Que me olha
E me finta.
Que me devora
E me aniquila.
Apenas vida.
Faça da sua alegria.
Apenas viva!
Intensamente sinta...
O perfume da vida.
domingo, 25 de agosto de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
A Vida em Angústia
Todos os dias quando acordamos, a vida se apresenta tão crua
e vazia, tão cheia de tudo, tão corrente quanto um rio. A vida brilha com os
sentidos que temos que atribuir todos os momentos em que nos deparamos com o
infinito. É tão inútil falar da vida quanto vive-la. Somos um mar de angústias
frente à imensidão do aqui e agora. Por que não angustiar-se? Vivenciemos todas
as angústias que arrebatam nosso ser ao abismo de nossa existência.
Estão tudo ali, pulsando em nossas veias, transcendendo em
nossas reflexões, tocando nossas mãos, brilhando frente aos nossos olhos; é a
vida. A vida autêntica. A vida autêntica não tem sentido, pois ela é a
manifestação do próprio ser-aí. O ser que não tem passado e não tem futuro,
angustia-se diante do nada. Ao definirmos um propósito para a vida, seja uma
causa (religiosa, mística, objetiva, metódica, prática etc.), reduzimos o ser a
um ente, aquilo que se manifesta, ou, se manifestou e tomamos como nosso “ser”;
sem ser. Então, o que é isso que vivemos como sentido do ente? É uma parte de
nosso ser que se transforma a todo o momento, por isso que se torna um desastre
todos os nossos projetos. Já que, ao entrarmos em contato com sentimentos que
nos leve a uma reflexão sobre nosso existir, nos deparamos com a perda do
sentido proposto por nós em determinado momento de nossa vida. Como que esse
momento é passado, e como a consciência é consciência desse passado, o passado
que até então era um em-si, se transcende na consciência do agora, e se choca
com esse ser que não é mais esse ente do passado. Aqui, ou nós alienamos essa
contradição e vivemos nesse projeto do ente passado; ou restabelecemos uma
nova síntese de ser, que é um novo ente do presente, e reconfiguramos nosso
projeto para outras perspectivas.
O conscientizar-se dessa experiência da existência do ser
pode ser conflituosa ou não, dependendo do quanto nós nos relacionamos com tal
fato em nossas vidas. Essa relação está na forma e na intensidade em que nossa
consciência reflexiona sobre esses aspectos. Quanto maior a reflexão, maior
será a angústia frente ao nada, ou, o ser. Aqui está o contato com o nosso ser.
Eis que a relação plena com a vida acontece. Mas, essa relação é de tal
violência que fugimos e negamos todas as formas de contato, seja sensitivo ou
reflexivo, com nossa pura contradição. Essa representação social que há em
torno dos sentimentos de tristeza, melancolia, angústia, medo, pavor, náusea
etc.; que os definem como sentimentos de inferioridade do ser, são na verdade a
manifestação do contato entre meu eu, enquanto ente, com o eu, enquanto meu
ser. A necessidade de todas as formas de conhecimento em, de uma maneira ou
outra, extirpar tais sentimentos, é levar o ser à incompletude de sua
transcendência. Sendo assim, vivendo um ente barrado de realizar-se seu ser.
domingo, 21 de julho de 2013
domingo, 14 de julho de 2013
sábado, 13 de julho de 2013
Amor de Despedida
Hoje tudo faz sentido,
Sinta todas as sensações da vida, sinta...
Não diga que foi em vão,
Tem coisas na vida que simplesmente não conseguimos explicar.
Mas para todas as outras há as verdades dos especialistas...
Dizendo o que devemos fazer e não fazer...
Então, o que fazer se a noite nos atravessa como um punhal
Se tudo se vai tão rápido como esse instante.
Não adianta continuarmos com esse amor,
Se o que resta, são só resquícios de amor,
E com resquícios não se faz a felicidade,
Precisamos a completude para vivermos bem, querida...
Mas não esqueça de todos os nossos momentos
Destas noites tão intensas
De tudo que vivemos de forma tão verdadeira,
De tudo que vivemos sem pensar no amanhã...
E nesse quarto ainda estão todos os perfumes...
O cheiro do seu corpo me leva a todas as sensações de prazer...
Os perfumes de um amor tão intenso e imenso
Que uma noite marcava com tanta ferocidade...
Mas quando eu sair por essa porta,
Não me dê esperanças que irá estar aqui,
Não quero as esperanças do que foi verdadeiro no passado...
Me dê as possibilidades de viver sem um porto seguro...
De todos os amores que vivi, não sei o que aqui houve a mais,
Só sei que foi além, de todas as minhas expectativas,
Muito além do que se pode viver numa vida tão simples,
Ultrapassando os limites do que foi determinado a nossas vidas cotidianas...
Um gosto desse amor ainda está em minha boca,
E as lembranças que isso trás é demais para suportar num momento como esse,
Onde os sentimentos estão a flor da pele...
Mas o que fazer a não ser senti-los até o fim...
Mas se o fim não ser o limite para esse amor?
Saberei que agi errado e que a minha escolha não foi a mais certa de todas que tinha.
Mas não importa, o que é importante é saber que estou fazendo a escolha que decidi,
Mesmo que isso custe a felicidade que tive com aqui...
E quando eu sair não peça para eu voltar,
O futuro já não me pertence mais.
O vento é agora quem me guia por esses caminhos da vida,
Só não pense que isso são palavras pairando pelo vento, são só fatos que se evaporam no ar...
E quando eu for não guarde aquelas nossas fotos numa gaveta qualquer,
Não quero que você às encontre num dia qualquer,
Em que você esteja de bem com a vida,
O encontro casual com as lembranças podem causar lágrimas desnecessárias...
Me guarde somente em seus pensamentos,
Que eu surja nos momentos mais convenientes,
Nos quais você esteja bem com você mesma,
E que eu seja a inspiração de um dia, como melodia quebrando o silêncio de uma noite vazia...
Eu sei, a vida não será mais a mesma quando amanhecer o dia,
Mas saiba, que de tudo que vivemos, há algo que marcou em nós,
E isso é o que deve permanecer quando amanhã você acordar...
Que o futuro só depende de nós para fazermos dele diferente....
Tornamos nossos projetos de vida num só objetivo comum,
E deixamos de lado nossos planos mais importante...
Mas, precisamos de novas possibilidades para continuar acreditando num futuro diferente,
Em que os sonhos possam se concretizar nas nossas ações....
Eu sei, não é fácil dizer tudo isso, principalmente aqui nesse lugar tão intenso do nosso amor,
Mas não guarde rancor dessa despedida,
A vida é mesmo feita de encontros e desencontros,
E o nosso foi mais um que aqui passou...
Sinta todas as sensações da vida, sinta...
Não diga que foi em vão,
Tem coisas na vida que simplesmente não conseguimos explicar.
Mas para todas as outras há as verdades dos especialistas...
Dizendo o que devemos fazer e não fazer...
Então, o que fazer se a noite nos atravessa como um punhal
Se tudo se vai tão rápido como esse instante.
Não adianta continuarmos com esse amor,
Se o que resta, são só resquícios de amor,
E com resquícios não se faz a felicidade,
Precisamos a completude para vivermos bem, querida...
Mas não esqueça de todos os nossos momentos
Destas noites tão intensas
De tudo que vivemos de forma tão verdadeira,
De tudo que vivemos sem pensar no amanhã...
E nesse quarto ainda estão todos os perfumes...
O cheiro do seu corpo me leva a todas as sensações de prazer...
Os perfumes de um amor tão intenso e imenso
Que uma noite marcava com tanta ferocidade...
Mas quando eu sair por essa porta,
Não me dê esperanças que irá estar aqui,
Não quero as esperanças do que foi verdadeiro no passado...
Me dê as possibilidades de viver sem um porto seguro...
De todos os amores que vivi, não sei o que aqui houve a mais,
Só sei que foi além, de todas as minhas expectativas,
Muito além do que se pode viver numa vida tão simples,
Ultrapassando os limites do que foi determinado a nossas vidas cotidianas...
Um gosto desse amor ainda está em minha boca,
E as lembranças que isso trás é demais para suportar num momento como esse,
Onde os sentimentos estão a flor da pele...
Mas o que fazer a não ser senti-los até o fim...
Mas se o fim não ser o limite para esse amor?
Saberei que agi errado e que a minha escolha não foi a mais certa de todas que tinha.
Mas não importa, o que é importante é saber que estou fazendo a escolha que decidi,
Mesmo que isso custe a felicidade que tive com aqui...
E quando eu sair não peça para eu voltar,
O futuro já não me pertence mais.
O vento é agora quem me guia por esses caminhos da vida,
Só não pense que isso são palavras pairando pelo vento, são só fatos que se evaporam no ar...
E quando eu for não guarde aquelas nossas fotos numa gaveta qualquer,
Não quero que você às encontre num dia qualquer,
Em que você esteja de bem com a vida,
O encontro casual com as lembranças podem causar lágrimas desnecessárias...
Me guarde somente em seus pensamentos,
Que eu surja nos momentos mais convenientes,
Nos quais você esteja bem com você mesma,
E que eu seja a inspiração de um dia, como melodia quebrando o silêncio de uma noite vazia...
Eu sei, a vida não será mais a mesma quando amanhecer o dia,
Mas saiba, que de tudo que vivemos, há algo que marcou em nós,
E isso é o que deve permanecer quando amanhã você acordar...
Que o futuro só depende de nós para fazermos dele diferente....
Tornamos nossos projetos de vida num só objetivo comum,
E deixamos de lado nossos planos mais importante...
Mas, precisamos de novas possibilidades para continuar acreditando num futuro diferente,
Em que os sonhos possam se concretizar nas nossas ações....
Eu sei, não é fácil dizer tudo isso, principalmente aqui nesse lugar tão intenso do nosso amor,
Mas não guarde rancor dessa despedida,
A vida é mesmo feita de encontros e desencontros,
E o nosso foi mais um que aqui passou...
Hoje tudo faz sentido
O ser e o ente....
Sinta, sinta todas as sensações que a vida te disponibiliza,
Sem tentá-las explicar...
Sinta, sinta todas as sensações que a vida te disponibiliza,
Sem tentá-las explicar...
quinta-feira, 11 de julho de 2013
O existencialismo é um humanismo
"Ao afirmarmos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens. De fato, não há um único de nossos atos que, criando o homem que queremos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser".
SARTRE.
terça-feira, 9 de julho de 2013
domingo, 7 de julho de 2013
A impossibilidade
... o fracasso deliberado e perseguido sem trégua em seus empreendimentos menores assim como no seu destino total se torna a sua vitória; ele é o ser que se faz existir pela sua vontade de ser impossível.
Saint Genet - SARTRE.
Saint Genet - SARTRE.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Vidas...
Confortados por nosso conhecimento, sentamo-nos para assistir - absortos, encantados, enfeitiçados e arrebatados - à próxima temporada de Big Brother, The weakest link, Survivor ou da última versão de reality show. Todos nos contam a mesma história: que ninguém, a não ser uns poucos vencedores solitários, é realmente indispensável, que uma pessoa só é útil a outra enquanto puder ser explorada, que a lata de lixo, último destino dos excluídos, é o futuro natural daqueles que não mais se ajustam ou não desejam ser explorados dessa maneira, que sobrevivência é o nome do jogo da convivência humana, e que o derradeiro propósito da sobrevivência é sobreviver aos outros.
Vidas Desperdiçadas - Z. BAUMAM.
sábado, 29 de junho de 2013
A Morte
Não há processo de morrer, nem a morte como um devir,
a morte é um fim em Si-Mesma, é o nada existencial.
Ela nos habita enquanto representação de Si-Mesma,
Como uma ideia da ideia que se tem dela.
Pois, quando ela se manifesta deixamos de ser
para nos tornar um Em-Si.
para nos tornar um Em-Si.
"A morte é o abismo do vazio que nos assombra durante toda nossa existência,
paira por trás de nossos ombros,
esperando o momento de nos lançar com feracidade penhasco abaixo!"
sábado, 20 de abril de 2013
Encontro, em cantos, desencontros
Corrida para todo lugar, não sei
qual o seu lugar
Na mão, todas as chances que você pode
dar
Ao menos um olhar, para eu enxergar
Não precisa nem falar, mas o que
fazer se não, a alguém prejudicar
Voltei, fui e retornei; meus
pensamentos circulam aonde você está
Voam longe, por entre seus dedos,
incertos, mistérios...
Um olhar, um sinal, um voar
Que posso sonhar, sem sonhos de novo
Um instante, um lugar, tudo como
antes de começar
Estamos indo por todo o lugar, habitável
ao seu olhar
Um instante, um lugar, mil coisas
para se dizer
É só um voar, espírito solto pelo ar
Sorrisos escapam por todo horizonte,
dias ideais estão por vir
A cada tempo, o tempo exato, que
ultrapassa todo o tempo
Algum tempo, tínhamos tempo para
dizer o que se pensava
Agora, não há mais tempo, somente o
tempo de agora
Doce ilusão do tocar, leves nuvens a
nos tocar
Branda vida que vive, sem mim, sem
ti, sem tempo, sem presente
Hoje é tempo de amar, aquilo que não
se tem, aquilo que não se sente
Ontem foi tempo de amar, aquilo que
vivi sem você
Amanhã será tempo de amar, tudo
aquilo que não puder imaginar
Quantos dias, quantas noite, e o
luar se despede, com um sorriso de quem amou
Carícias de algodão, amou por todo o
verão
E o tempo ainda não passou, ao meu
lado anda sem tempo para lamentação
Onde está o tempo que esperei, nos
dias que lamentei, sei!
Quantos sorrisos ainda vou amar,
quantas bocas ainda vou beijar?
Quantos copos ainda vou tomar,
quantos diques ainda vou ultrapassar?
Sentidos múltiplos a tudo transcendem,
de ti, em ti, tudo em ti amei
Lábios, pele, cabelo, olhar,
sentimentos, opiniões, reflexões, furacões...
Perco-me nos pensamentos que ti invadem,
viajo por ti
Cada peça de roupa ao chão se vai,
cada parte de ti, a mim se revela aqui
Nossos rostos se tocam, nossas
mentes, por aí se perdem
Teus suspiros em meus ouvidos
replicam, suplicam, implicam
De volta, sem volta, me envolta...
Me encontro, em desencontro.
Me encontro, em desencontro.
terça-feira, 2 de abril de 2013
Perceber a angústia é vivenciar o extremo vazio de uma possibilidade de escolha.
O nada que se apresenta nessa possibilidade me captura em todas maneiras.
E a insuportável angústia da imprevisibilidade do lançar-se ao futuro dilacera todas as minhas virtudes.
A existência se fragmenta em diversos pedaços de vivências inautênticas.
Absorvido na incompletude que se apresenta no presente,
Relações inacabadas se realizam com os outros a todo instante.
Deixando sensações de frustração de encontros rasos que poderiam ter sido mais profundos de afetividade.
O nada que se apresenta nessa possibilidade me captura em todas maneiras.
E a insuportável angústia da imprevisibilidade do lançar-se ao futuro dilacera todas as minhas virtudes.
A existência se fragmenta em diversos pedaços de vivências inautênticas.
Absorvido na incompletude que se apresenta no presente,
Relações inacabadas se realizam com os outros a todo instante.
Deixando sensações de frustração de encontros rasos que poderiam ter sido mais profundos de afetividade.
sexta-feira, 29 de março de 2013
Psicologia do Processo Existencial de Humanizar-se?
É possível uma ciência do processo?
Qual seria o método de observação?
O método fenomenológico de Husserl?
Talvez.
Filosofia do Processo Existencial de Humanizar-se.
Uma filosofia, a especulação sobre esse conhecimento.
Parece mais amplo nas possibilidades de compreensão.
Entendimento complexo diante do fluxo existencial.
A nossa condição humana até agora não nos permite compreender e perceber com mais completude a imensidão do processo de existir.
É possível uma ciência do processo?
Qual seria o método de observação?
O método fenomenológico de Husserl?
Talvez.
Filosofia do Processo Existencial de Humanizar-se.
Uma filosofia, a especulação sobre esse conhecimento.
Parece mais amplo nas possibilidades de compreensão.
Entendimento complexo diante do fluxo existencial.
A nossa condição humana até agora não nos permite compreender e perceber com mais completude a imensidão do processo de existir.
Nu
Despido diante da vida
De mim nada mais se revela do quê eu
mesmo
Tudo que posso ser...
Manifesta-se na exata medida do meu
viver.
A mim tudo que sou se revela,
Constantes doses de referência histórica.
Memórias surgem e se vão ao doce
sabor da lembrança
Num ininterrupto fluxo de
experiências e vivências recompostas.
O processo de viver, ‘incapturável’ pelas
tecnologias humanas.
Quando colhido, estanque, já não é
mais processo, apenas fato descontextualizado.
Como um rio, ao retirar um copo de
água, é a água do rio, parte dele;
Parte indiferente, desconectada de parte fundamental, seu fluxo.
Parte indiferente, desconectada de parte fundamental, seu fluxo.
Quando descrito, meu ser se revelou
na exata medida do desmedido.
Então, me faço diferente do que de
mim foi determinado na amostra.
E as explicações que asseguravam a
revelação do meu ser,
Escapam-se pelo processo incessante
de existir.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Esperei uma existência para existir
E de repente...
O tempo já não é o limite,
E as nossas vidas não dizem nada.
Quando tudo parecia tão simples...
Veio o velho e bom lamento,
Iluminado pela perda do sentido,
Medo supremo.
Aos quais dizem as verdades criadas,
Aproximando o infinito da desilusão,
Então,
Não ti direi mais nada além de um adeus.
E de repente...
O tempo já não é o limite,
E as nossas vidas não dizem nada.
Quando tudo parecia tão simples...
Veio o velho e bom lamento,
Iluminado pela perda do sentido,
Medo supremo.
Aos quais dizem as verdades criadas,
Aproximando o infinito da desilusão,
Então,
Não ti direi mais nada além de um adeus.
A Existência Inautêntica
A ínfima condição da existência humana se revela a cada
instante que a sua vida é interrompida através de mortes espúrias. Atravessada
por ideologias nefastas, a existência se perde nos labirintos de falsos
argumentos que buscam reger suas ações no mundo. Quanto mais se imagina o
desenvolvimento da humanidade com seus saberes e técnicas meticulosas, mais o
ser humano se desvia das suas virtualidades que dão sentido a sua existência.
Vivendo esquadrinhado em fábricas e convertido nas telas dos
aparelhos digitais o ser humano produz materiais e instrumentos supérfluos para
sua vida. Inculcado por religiões gregárias e contraditórias que pregam uma
crença de um deus que nunca se manifesta. Atrelados a conhecimentos ditos
científicos que mascaram grande parte de seus resultados em prol de ideologias
tendenciosas que servem para manter relações de poder, a partir de um “saber
superior” exposto como verdade absoluta; o ser humano segue cordial frente as suas
orientações poderosas. E perdido em um tempo que não o coloca na vivência de
sua existência, o indivíduo se corrompe pela hipocrisia de viver o belo
mergulhado no nada.
O sentido da vida não passa de um passar de tempo
ininterrupto que serve apenas como fruto para outras gerações. Sem sentir os
sabores da vida o ser humano vive o imediato instante do não estar presente
como ser reflexivo de suas disposições agradáveis. Tudo aquilo que possa ser
vivenciado em sua plenitude se converte em futilidades e banalidades que emana
das profundezas da distorção social. Massificado nas produções dos bens de
consumo que aviltam todas as possibilidades de realização satisfatória de uma
existência autêntica, o ser humano deixa de vivenciar tudo que é raro para
viver a inautenticidade de uma vida degradante.
André Preuss.
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