Quantas frases ainda
escreverei,
Até o dia amanhecer?
Já são tantas luas
que perdi a conta
São tantos sonhos que
nem consigo mais dormir.
Palavras que fogem
soltas pelo ar
Misturam os versos que
de ti pronunciei...
Laboriosa névoa de
ditos
Que nos sublimam...
Difícil escrever com
você me olhando por entre as paredes
Mais difícil é pensar
que você está em tudo que eu vejo.
A noite ainda está tão
bela para alucinar
Mas o que é a loucura
de te amar?
Se o papel terminar
antes do final,
Escreverei no teto para
sempre reviver.
Dos versos que fiz
amando...
Das inspirações que
me deixaram mergulhando.
Quantas vezes até
cansar
Minha caneta no papel a
recitar...
As palavras se formam
com um coral
Em perfeita harmonia
faz da confusão primordial.
Dos labirintos de
palavras cruzadas...
Os jeitos de se
postarem em frases tão usadas...
Faz-se inédita sua
sinfonia...
Desliza sobre a folha
milhares melodias.
Qual a explicação de
tanta inspiração,
Se o seu sorriso a
tempo não paira no meu olhar?
Será a lembrança que
se faz a gente amar?
Ou a sua ternura que
ainda habita o meu coração?
Afetos que se misturam
a tinta da caneta,
Que pintam com leveza a
imensidão do papel.
Faz brotar pequenas
frases de solidão...
Em belos contos de
plena paixão.
Brilhos de olhar
marejados,
Faz mover-me por entre
as lacunas do vazio.
Que brilho é esse que
me traz tanta luz...
Parece o sol que
adentra minha janela...
Mas a caneta ainda
desliza...
Mesmo com tanta
discrepância...
Frente a sentimentos
que se confundem,
Por entre vidas que se
nutrem...
Antigas histórias que
se repetem em outros contextos,
Como relevo elas vêm e
se revelam;
Nas alegres rimas que
se completam,
Em amores que se
transformam nos mais belos textos...