A ínfima condição
da existência humana se revela a cada instante que a sua vida é
interrompida através de mortes espúrias. Atravessada por ideologias
nefastas, a existência se perde nos labirintos de falsos argumentos
que buscam reger suas ações no mundo. Quanto mais se imagina o
desenvolvimento da humanidade com seus saberes e técnicas
meticulosas, mais o ser humano se desvia das suas virtualidades que
dão sentido a sua existência.
Vivendo esquadrinhado
em fábricas e convertido nas telas dos aparelhos digitais o ser
humano produz materiais e instrumentos supérfluos para sua vida.
Inculcado por religiões gregárias e contraditórias que pregam uma
crença de um deus que nunca se manifesta. Atrelados a conhecimentos
ditos científicos que mascaram grande parte de seus resultados em
prol de ideologias tendenciosas que servem para manter relações de
poder, a partir de um “saber superior” exposto como verdade
absoluta; o ser humano segue cordial frente as suas orientações
poderosas. E perdido em um tempo que não o coloca na vivência de
sua existência, o indivíduo se corrompe pela hipocrisia de viver o
belo mergulhado no nada.
O sentido da vida não
passa de um passar de tempo ininterrupto que serve apenas como fruto
para outras gerações. Sem sentir os sabores da vida o ser humano
vive o imediato instante do não estar presente como ser reflexivo de
suas disposições agradáveis. Tudo aquilo que possa ser vivenciado
em sua plenitude se converte em futilidades e banalidades que emana
das profundezas da distorção social. Massificado nas produções
dos bens de consumo que aviltam todas as possibilidades de realização
satisfatória de uma existência autêntica, o ser humano deixa de
vivenciar tudo que é raro para viver a inautenticidade de uma vida
degradante.
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